Essa é a pergunta que, no momento, me faço todos os dias. Pq?
Desde a época do colégio, sempre tive certeza que queria ser uma profissional da área de comunicação. Pois bem, entrei na faculdade de jornalismo, uma realização. Muita felicidade!
Comecei a olhar no moral da faculdade vagas de estágio, mas como ainda era muito nova na faculdade, não havia vagas.
O tempo passou e de repente.... Uma oportunidade!
Um estágio em telemarketing. Valeu muito a pena ter feito esse estágio porque conheci pessoas MA-RA-VI-LHO-SAS e por quem tenho um enorme carinho.
Que o estudante de comunicação, em sua maioria, é desinibido, certo.
que ele tem facilidade em se comunicar, certo.
que gosta de lidar com pessoas, certo.
Mas gente, a pergunta que não quer calar: O que telemarketing tem a ver com estágio em comunicação?
Só porque nos comunicamos bem, vamos atender telefone?
Será que se eu chegar numa redação jornalística e disser que a minha experiência é em telemarketing, conseguirei um estágio? ou numa assessoria, vão me empregar?
Ora, o que nós, estudantes de comunicação, de fato queremos é um estágio que complemente o que aprendemos na faculdade, que seja a parte prática da teoria que temos.
Está cada vez mais difícil entrar na área de comunicação, aidna mais agora com o absurdo da queda do diploma, que todo mundo pode se rotular jornalista.
Por duas vezes pensei em trancar a faculdade. Estava desanimada com a crueldade do mercado de trabalho, mas mesmo em meio a tanta dificuldade, ergui a cabeça e continuei o que eu tinha planejado pra im há anos, desde o colégio, e sigo minha graduação em dia, sem dever nenhuma matéria.
Eis que surge um outro obstáculo: as empresas estão exigindo experiência dos estagiários. Se o que está em questão é um primeiro estágio, como ter experiência, sem ter atuado na área? e outra coisa, um estágio é o que precisamos para justamente aprendermos na prática o que estudamos na teoria. É o lugar onde vamos desenvolver nosso potencial.
Como se não bastasse, a graduação vai seguindo e a procura por estágio também.
Outro obstáculo: "7º período? Ihh... ninguém quer" .... É demais ne ouvir isso depois de tanto esforço para conseguir um lugar de aprendizado ne!?
No mínimo desmotivante!
Mas há aquela velha frase famosa: A esperança é a última que morre e eu no meu 7º período, confesso que um pouco esmotivada, continuo batendo nas portas na esperança de que um dia uma vá se abrir pra mim.
Tanta gente que faz o curso por fazer e sempre encontra estágios e outros, que realmente querem seguir a profissão a sério não tem oportunidade.
Eu espero que as empresas abram as portas para o 1º estágio e lembrem-se que os profissionais que estão ali trabalhando, um dia foram estudantes e enfrentaram essas mesmas dificuldades.
quarta-feira, 24 de março de 2010
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Concordo plenamente! Sou estudante de jornalismo e sinto na pele o quanto é difícil conseguir um estágio. Espero ansiosamente que as empresas parem para perceber nossas dificuldades. Quem sabe um dia nosso mercado não melhore, né? Foi assim com Engenharia, um dia seremos nós.
ResponderExcluirPois é Elga, eu espero sinceramente que reflitam sobre a situação!
ResponderExcluirSou estudante de administração, Segundo Período e já mandei currículo para mais de 35 empresas (sem exagero) e nada até agora.
ResponderExcluirJá busquei diversas orientações e tudo o que ouço, já estou fazendo. Mas não trás resultado. Por exemplo, comumente se diz que ajuda fazer trabalho voluntário, estagiar em Empresa Júnior, fazer cursos de extensão, ir a seminários e congressos... Enfim, fui a 8 seminários/congressos (todos com certificado), tenho quase 30 cursos de extensão, estagio na Empresa Júnior de minha universidade, fiz trabalho voluntário em congresso e, depois de mandar meu currículo para quase 40 empresas, NENHUMA me chamou!
Percebo, então, que o mercado não tem um critério lógico para seleção.
Primeiro erro é a empresa pedir experiência para uma função que se destina para a primeira experiência. Isso torna logicamente impossível o primeiro estágio.
Segundo erro é as empresas não olharem todos os currículos enviados. Pegam amostragem.
Terceiro erro, que observo muito, é um boicote a homens e preferência por mulheres, principalmente nas áreas de recursos humanos e atendimento.
Quarto erro é o QI. Sinceramente, não vejo lógica no QI, isso representa a falta de critério e o descrédito na função da equipe de RH. Quem tá empregado, coloca o amiguinho dentro e ele é aceito por mais incompetente que seja. E para conseguir o primeiro estágio, ou tem que bajular ou alguém ou tem que ter pai e mãe com poder pra arrumar um estágio, para finalmente ter experiência e depois ir para um melhor, ou continuar ali.
O mercado é cruel e completamente sem critério. Não valorizam qualificações, só querem referência e experiência. Mas como obter experiência sem teoria?
Depois o que mais vejo são empresas reclamando que não encontram profissionais bons. Ora, se universitários aplicados e interessados não são bom o bastante, então obviamente não vão encontrar o que procuram.
O problema é que tenho 25 anos e ainda não consegui o meu primeiro emprego.
Isso sem falar que além de cursar Bacharelado em Administração, tenho todas as notas acima de 9,0 e faço, ainda, um curso técnico em contabilidade. Dá pra entender esse comportamento das empresas?
ResponderExcluirNem entrevista eu consegui ainda...
Cristiane, e você, já conseguiu entrar no mercado?